Este blog surgiu no mesmo dia que um gato nasceu no meu telhado enquanto eu escrevia ele miava, então comecei a conversar com ele sobre politica, globalização, massmedia, tecnologia, meio ambiente, artes e variedades. Esse blog está sob controle, coordenação, criação, fotos e imagens de um Jornalista, paulistano e inconformado com a atual situação dessa desordem disfarçada de nação, onde o rabo balança o cachorro e um gato que gosta de Adorno.
Quem sou eu
- Eduardo Whitesocks
- São Paulo, SP, Brazil
- Jornalista em busca dos chips de consciência coletiva para o mundo capitalista moderno. Essa matéria vai dar o que falar. Gosto de escrever de noite com a Lua do meu lado, assim me sinto perto de casa. Antí-massmedia interessados na massificação da bunda, violência e porcarias. Estou a espera do novo, útil, funcional e educacional. Enquanto esse dia não vem, sigo com este blog na tentativa singular de mudar este mundo caótico e cada vez mais quente. Minha pauta favorita é a vida, acordar e ter a possibilidade de fazer cada dia, um dia diferente, tenho 24 horas para ser feliz neste planeta cansado e doente.
segunda-feira, fevereiro 26, 2007
Deixem o menino jogar
Entre os entrevistados 90% não concluiram o ensino fundamental, são do sexo masculino e já usaram algum tipo de entorpecente. Cerca de 76% tinham idade entre 16 e 18 anos, 60% são negros e a renda de 86% das familias destes menores era abaixo de dois salários minímos.
Elementos como droga, baixo nivel educacional, preconceito e desigualdade social combinados formam jovens sem opções legais de obter aquele celular que tira foto ou o tênis do seu atleta favorito e mais outros produtos que todos nós gostariamos de possuir.
Como é de costume o governo não vai atacar o problema de frente, uma mudança na legislação só vai oficializar o que já acontece nos centros de reabilitação para menores. Lá as crianças não são educadas, socializadas ou desentoxicadas, pelo contrário, vamos jogar mais futuros na lata do lixo.
A erva daninha não vai morrer, vai ficar mais resistente ao remédio paliativo das instituições. Temos leis demais para punições de menos, a justiça não vê nem enxerga o clamor da sociedade porém abre os olhos para assinar aquele habeas corpus do colarinho branco.
Nosso país tem uma das cargas tributárias mais onerosas do mundo, cerca de 40% de todo o seu rendimento anual vai parar nos cofres públicos e deveria servir como recurso para oferecer uma educação de qualidade para nossas crianças.
Programas de controle de natalidade nas regiões mais carentes são mais úteis do que investir em presídios que mais parecem depósitos de gente. Politícos vão brigar para decidir quem será o autor da lei que mudará o maioridade penal, para depois mostrar seu feito durante o horário eleitoral gratuito.
Investir em educação não é viável, com toda nossa burocracia e corrupção o dinheiro nunca chegará aos seus beneficiários porque durante o caminho os roedores Federais, Estaduais e Municipais roem todos os recursos.
Existe a possibilidade dos Estados ter autonomia para escolher qual será a maioridade penal mas isso é indiferente. Com 16 anos você já pode votar, matar e roubar até os 18. Depois os jovens devem escolher qual empresa irá trabalhar, o PCC ou o CV.
Será necessário construir não escolas mas cadeias para abrigar todo o contigente de novos criminosos sem ensino médio completo. Para a sociedade sobra o medo que nos acompanha durante o trajeto até o trabalho ou dentro de casa quando toca o telefone e pode ser o golpe do seqüestro aplicado dentro dos presídios brasileiros.
O ano é novo mas os assuntos são os mesmos.
Eduardo Vinha
sexta-feira, fevereiro 23, 2007
Sobre aquele editoral da Superinteressante
Antes da aula a professora decide ler o editorial deste mês da revista Superinteressante que cita o trabalho de uma estudante de comunicação social que fez um documentário sobre a rede de TV Al-Jazeera.
Este exemplo serviu para o editor da revista demonstrar como somos "bundões".
Ela enfrentou prenconceitos por uma mulher com culturas e posturas totalmente diferentes e estranhas aos olhos do mundo árabe. Passou por todos esses obstáculos para fazer o seu trabalho.
O objetivo desse editorial é criticar a postura dos atuais e futuros jornalistas.
No bar começo a lembrar o texto, o momento exato que virei meu pescoço na direção as palavras, na mesma rapidez que meu amigo ao lado olha para o carro importado e mais rápido do que a gostosa vira para ver quem pilota aquela maquina vermelha, reluzente e caríssima.
Isso é instinto, olhamos para o que nos interessa e nos alimenta.
Voltando ao editorial, na sala de aula, meus ouvidos viram antenas receptoras, movimentando a cabeça para sintonizar melhor aquela voz. Transformando sons em pensamentos, e chegando a uma única conclusão. Tenho o mesmo pensamento que o autor do texto, vejo falta de interesse, e principalmente poucos traços de paixão pela profissão nos profissionais dessa geração.
Não apenas meus colegas jornalistas, mas também nos médicos, engenheiros, advogados e muitos outros. Gostar de um ofício não é algo que se aprende nos bancos das universidades, pois isso vem junto com o aluno, de dentro.
quinta-feira, fevereiro 22, 2007
Acessem, critiquem e bebam Coca-Cola Light
quarta-feira, fevereiro 21, 2007
Ressaca moral pós carnaval
Abram alas para este blogueiro entrar na avenida da informação.
Na comissão de frente a notícia do passado, o menino João Helio, assassinado de uma forma besta, cruel e torpe. Depois de morto a criança agora é saliva na boca dos políticos demagogos e incompetentes escolhidos por nós brasileiros.
O carro abre-alas é representado pela violência, composto por mulheres espancadas, meninos desfigurados pela fome e idosos morrendo na fila do S.U.S. Jovens fora da escola, cheirando cola e garotas fazendo programas por apenas R$ 5,00 são os integrantes dessa ala.
Logo após vemos um burro gigante montado em cima de um estudante da escola pública, retrata a qualidade da educação no Brasil. Isso é uma prova que o governo não está interessado em criar uma nação educada e instruída. Manter o status quo é conveniênte para o sistema.
População com baixo nível educacional gera votos com mais facilidade nas eleições.
Desemprego escrito em letras brilhantes decoram o carro alegórico seguinte. Profissionais excluidos do mercado de trabalho com menos de 45 anos, afinal eles estão velhos demais para servir de combustível para o capitalismo famito. Sem oportunidades reais de trabalho, outra categoria sofria é a dos analfabetos digitais que procuram serviço nas poucas vagas operacionais que restam atualmente. A robótica trazendo a automação industrial aliada a biometria são sinônimos de lucro máximo por um custo mínimo.
Aquecimento global é o assunto do momento e não podia faltar no carnaval do blog do Fog. Logotipos da Shell, Texaco, BR e Total são o tema das alegorias. Predadores vorazes consomem o planeta, o ouro negro transforma-se em dolares e o efeito colateral é o buraco na camada de ôzonio e o furação Katrina. Quantas árvores são necessárias para minimizar esses cinco dias de folia?
Vem chegando o penúltimo carro alegórico fazendo um "Ode ao consumo", marcas famosas como Frendi, Prada, Armanni e Channel são os símbolos da ostentação e do status. Você é o que você têm, seja um carro importado para fazer seu vizinho morrer de inveja, ou, os melhores perfumes do mundo e um relógio mais caro que um carro popular. No Brasil essas grifes faturam alto com os poucos milionários que existem aqui.
Encerrando o desfile está a sociedade brasileira, perdida, sem referências morais e sociais, cansados de tanta coisa errada, mas não temos tempo para mudanças pois agora vamos trabalhar, fazer a maquina produzir. O carnaval representa a união de um país em torno de uma festa, ao contrário do futebol, aqui cada comunidade tem a sua bandeira, sua paixão. Durante os dias do Momo, os crimes diminuem? a violência também sai para pular?
Não, o que acontece é uma rápida invasão de peitos, bundas, sexo, propaganda de cerveja e o clássico "use camisinha". Representa os dias que você tem a liberdade de fuder. Porque no resto do ano quem te fode é o governo e o seu chefe!
PS:Passei todos os dias do carnaval na minha casa com a Jana e o Fog e ilustrei este post com detalhes da minha casa.
segunda-feira, fevereiro 12, 2007
Férias forçadas
Estou de férias forçadas, de casa nova com um problema velho, chato e essencial.
A HP ainda não solucionou minha ocorrência, estou puto, fazendo papel de otário ouvindo um monte de mentiras e desculpas, solução que é bom, nada.
Longe do computador os post irão diminuir um pouco, mas não vou sumir nem fugir da luta.
Que o exílio digital me traga novas idéias, debates e reflexões. Por que não posso deixar esse ódio tomar conta de mim. Peço a Deus paciência para conviver com a raça humana e agradeço ao criador pela beleza dos animais.
Até a prôxima!!
Eduardo Vinha
quinta-feira, fevereiro 08, 2007
Chuva, PCC, milícias e a furadeira
Pessoal da internet, amigos e curiosos, chove muito em São Paulo. Tempestades de desgraça, enchente de bandidos nas ruas impedindo a população de viver. A violência urbana e social cria seres desumanos capazes de arrastar uma criança de 6 anos que não conseguiu sair de um veículo, durante o assalto.
O tempo da tortura foi de aproximadamente quatro quilômetros onde o menino ficou pendurado e arrastado até os bandidos abandonarem o carro. Não tem motivo cabível para tal ato.
Desigualdade social, drogas, álcool, vingança ou tédio são elementos que vivem entre nós, associado a esses fatores existe a sensação de impunidade neste paraíso tropical chamado Brasil.
Por favor avisem a Globo que nosso país está mais parecido com a novela da Record, Vidas Opostas.
Minha querida sampa também sofre no flashback chamado PCC, novamente ele voltou as manchetes da mídia. Ataque padrão é queimar ônibus e o acessório é a tocaia contra policiais militares desprevinidos. Vacilou, tomou.
No meio da confusão está eu e você, seja em São Paulo, Rio ou interior de Minas. Os políticos fingem que governam, a polícia finge que investiga e nós fingimos que está tudo bem.
Logo, logo o Estado não vai mais precisar da polícia militar, pois os ricos já tem seus soldados particulares sempre no estilo "men in black" com seu rádio comunicador na freqüência da delegacia mais próxima.
Já os favelados são obrigados a pagar pela "proteção" das milícias cariocas compostas por ex-policiais, bombeiros e polícia militar. Aquele coitado que não tem dinheiro nem para comer vai ter que pagar pela "segurança" da comunidade para um oficial do Estado.
A coisa tá feia.
Fecho este post, isolado no meu canto, trancado a sete chaves com meu problema do cotidiano.
Como usa uma furadeira??
O fog disse que também não sabe.
Eduardo Vinha
quarta-feira, fevereiro 07, 2007
Eduardo Vinha ganha troféu da NHL
Hoje o tema é games, e o escolhido foi NHL 07 para Playstation 2.
NHL (National Hockey League) é a liga americana de Hockey no gelo, considerado o 4º esporte mais popular nos EUA.
Com uma jogabilidade excelente proporciona horas de diversão e entretenimento a todos que segurarem o joystick para controlar os jogadores.
Você pode jogar desde uma simples partida até um campeonato completo mais os playoffs. Mas a jogatina é mais emocionante no modo online.
Além disso você pode criar o seu próprio jogador com nome, caracteristicas físicas e habilidades específicas.
Eu criei um personagem virtual parecido com este jornalista real que adora games, especialmente a série NHL da Eletronic Arts.
Neste video estou recebendo o prêmio na categoria de melhor revelação da temporada, concedido devido a performance durante o campeonato.
Esse jogo está disponível para PS2, X-BOX360 e PC.
Link: www.ea.com
Apresento meu fã
Abaixo vemos a área de recados, como é possível observar existe uma citação, uma frase para as pessoas que deixam recados para mim.
Aqueles que entram no meu perfil que não são meus amigos pode ter certeza que eu irei visitar a página da pessoa também.
Coinscidências da vida, fizeram que esse jovem na imagem abaixo colocasse a frase idêntica a minha e no mesmo local.
Então temos dois problemas, o primeiro é a falta de criatividade onde o que prevalece é o ctrl c, ctrl v. O segundo é a informação da fonte pois essa frase não é de autoria do greenpeace, vem de muito tempo antes dessa onda de aquecimento global. Essa citação é de uma tribo indígena norte-americana.
terça-feira, fevereiro 06, 2007
Nós somos vocês daqui a 4 anos
Como prometido, hoje vou oficializar as boas vindas em nome dos alunos de Publicidade e Propaganda e eu, representante único do pessoal de Jornalismo. Talvez seja porque a grande maioria escolhe fazer PP, ou pela falta de interesse de alguns colegas Jornalistas, aquela vontade de estudar, ler textos propostos por nossos mestres como Theodor Adorno e sua Dialética do Esclarecimento ou seu amigo Walter Benjamin com a teoria sobre a Obra de Arte na Era de sua Reprodutibilidade Técnica.
Tem aqueles que moram longe e dependem do transporte público (tá ferrado) e os que não são da turma do bar, amigos do garçom. Mas o importante é quem estava nessas fotos.
Outro fator contra a minha galera é o fato que a maioria veio de outra instituição, são custumes diferentes, mas gosto muito dos meus colegas, futuros jornalistas.
Jovens estudantes de Comunicação Social, não que seja muito interessante ler a Teoria Crítica de Max Horkheimer no sábado, mas pesquisar um pouco sobre ele vai ajudar vocês no futuro.
Além do conhecimento levamos algo que não tem preço, a amizade.
Amigos que estão conosco, e aqueles que partiram por motivos de força maior, quase sempre por falta de recursos para pagar uma mensalidade cara, o preço para ter um diploma, mas não garantia de um emprego estável. Hoje sobram vagas na maioria das Universidades particulares em todo o País por falta de alunos, pessoas que tenham condições financeiras para inverstir mais de 30 mil Reais em quatro anos.
Fora combustível, estacionamento, bar, lanches, livros, cópias e outros items. Em compensação temos momentos alegres, muitas risadas, planos para conquistar o mundo ou pegar uma gatinha da classe.
Não é fácil, no meio do percurso dá um certo desânimo mas isso com o tempo passa, sempre vem um amigo para contar uma novidade, te dar um gás.
Sinceramente, no balanço geral o resultado é positivo pelo conhecimento adquirido, experiência de vida e garrafas de cerveja. O ambiente acadêmico e seus arredores são os habitats perfeitos para longas histórias.
Aproveitem da melhor forma possível essa oportunidade inesquesível, essa jornada em busca do conhecimento, tenho certeza que suas cabeças virarão uma massa movida a brainstorm.
Publicitários do futuro desenvolvam uma agência direcionada a produtos para a terceira idade, não se esqueçam de fazer campanhas menos nocivas ao meio ambiente.
Jornalistas da nova geração façam seu papel de uma forma ética, investigue os fatos, não manipulem as informações e sejam principalmente, imparciais.
Essas sim são reuniões de verdade, onde colocamos nossa criatividade a prova, cada um tem uma idéia diferente, seja para uma pauta ou um comercial, lá está nosso amigo Brain.
Acho que vou ficar por aqui olhando essa última foto, futuros profissionais e jovens estudantes. Da esquerda para a direita: Fernanda Chadu (festas da casa 478), Roger (você é uma figura cara!), Helena (a bixete), Parra (o Urso) e Guilherme Frioli (o contador do dinheiro).
Aos novos muito empenho, baladas e dedicação, aos quase formados sorte no TCC e sucesso profissional.
E que o diploma de todos não vire um documento guardado na gaveta.
Eduardo Vinha
Enquanto o bixo sofre os veteranos bebem!
Prezada audiência, fugindo da regra hoje vou colocar este video tosco realizado ontem, primeiro dia de aula dos calouros.
Amanhã vou postar um texto sobre o último semestre da faculdade. Mas como o pessoal está me apressando para colocar o video ele veio primeiro.
Graças a Deus que estou do outro lado, registrando esse momento.
Quem teria coragem de tomar esse drink??
O bixo tomou!
Eduardo Vinha
domingo, fevereiro 04, 2007
Cacofonia pornográfica
Como todos podem ouvir durante a leitura desse blog, meu estilo musical favorito é rock and roll, mas não posso perder a oportunidade de compartilhar com vocês essa canção interpretada pela dupla Teodoro & Sampaio, Roela do Eno.
Ouvi essa música por causa de um taxista que parou no semáforo com o som no último volume:
"Quem está com a roela do Eno?"
A história é safada de sem imaginação, um cara chamado Eno tem uma coleção de roelas e durante o baile dançando e bebendo acaba perdendo uma de suas peças favoritas. Isso é o enredo da canção.
Criatividade está na forma fonética que induz ao duplo sentido, gramaticalmente apesar de tudo, a frase está correta só no mundo da "liberdade poética". Poderíamos substituir por: Alguém pegou a roela que Eno perdeu?
Mas Jovelino Lopes e Teodoro preferiram a forma menos culta para divulgar sua mensagem, afinal com umas cervejas na cabeça qualquer coisa é mais ou menos, nunca ruim.
sábado, fevereiro 03, 2007
Caminhando pelo Sumaré até o Jardim São Paulo
Observar esse progresso doente, predator e voraz que consome cada árvore existente na cidade, difícil sobreviver a poluição dos caminhões sem fiscalização, a velocidade dos motoboys é idêntica a fome do homem em destruir a natureza.
O automóvel solitário está lá levando a família para o Ibirapuera ou solteiros ao encontro de um chopp gelado, a temperatura, o papo, todo esse ambiente é um convite para paquerar a mulherada em algum bar da Vila Madalena, os compromissos do sábado são mais interessantes e agradáveis.
Antenas de rádio e TV ficam no ponto mais alto da cidade, o corredor composto pelas Avenidas Paulista, Doutor Arnaldo e Heitor Penteado, onde fica a última antena, a da Kiss Fm.
Quem mora nessa região precisa ter TV a cabo, a interferência é enorme, ouvir rádio é impossível devido ao ruído, e enquanto caminhava observei esse morador de rua e seu cão, contemplando o Sol, a luz dessa estrela que não cobra nada para brilhar.
Essa imagem mostra o ruído que pode ser visto, o bug do sistema econômico vigente, aquele que fede e passa do seu lado pedindo um real, e você nem escuta porque está cantando uma música do Bufallo Tom e pensando no retorno da faculdade, TCC, cerveja, sexo, contas atrasadas e no animal de estimação.
Talvez preocupados com problemas coletivos, os assuntos da grande mídia, aquecimento global, o Polo Norte vai desaparecer, você vai pegar a gripe aviária só porque Jesus ficou chateado pela escolha de Tom Cruise como "Jesus" da cientologia. Jesus, o original, tem olhos azuis e cabelos longos. O que o Tom tem que Jesus não tem?
George Orwell agora é nome de funcionário do metrô, olhando no seu monitor ele vê o cara agachado e deve pensar:
- O que esse maluco está fazendo sentado na rua diante da câmera de segurança?
Nada não George, fica tranquilo, sou da Paz, só quero um ângulo para minha foto e olhar mais uma vez para o Sol. Já estou indo, tchau.
Depois de registrar mais uma imagem sigo para outro ponto da cidade, especificamente o Jardim São Paulo, zona norte.
Em breve vou sair de Higienópolis, vou instalar meu bunker em outro lugar, estou de mudança, arrumando a favela, jogando muita coisa fora mas agora vou ficar tranquilo, o apartamento é grande, com dois dormitórios mas sem garagem.
Nada mal para um jornalista, uma advogada e um gato. Espaço não vai faltar, agora estou pensando na decoração e a Jana já vetou a bandeira do Che na sala. Vou tentar convencê-la com relação a bandeira do Adorno. É mais cult.
sexta-feira, fevereiro 02, 2007
Do outro lado da linha
Não quero criar mais um texto sobre o baixo nível de algumas centrais de atendimento ao cliente, mas nem se eu quisesse poderia ser. Sim! Esse é diferente pode ter certeza.
Vou explicar logo de cara porque, eu trabalhei a vida inteira, ou parte dela, em SACs dos mais variados segmentos, dentro da própria empresa, não em contact centers.
Quando estava do outro lado não imaginava a situação do coitado que estava na linha, não que eu tenha sido indiferente com relação as ocorrências, pois sei que todo o atendente precisa ter um certo grau de empatia. Eu tenho e gosto muito dessa atividade, mas infelizmente com os salários cada vez mais baixos como em diversas categorias acaba refletindo na qualidade do serviço. Isso não é devido ao excesso de mão de obra, mas ao nivelamento por baixo das centrais de atendimento.
Erros de português e concordância fazem parte do pacote, que contêm uma espera aproximada de 30 a 40 minutos, um problema nas mãos e nenhum responsável para te ajudar.
Claro, a empresa está a quilômetros de distância do operador que segunda a sexta ele atende reclamações de uma empresa de tecnologia das 08:00 às 14:00, e a noite trabalha no disk-pizza das 18:00 até 00:00.
Proporcional ao seu empenho está o seu salário.
Quando trabalhei na Xerox do Brasil, cerca de 40% das ligações eram reclamações, lá eu ouvia de tudo, e tinha dias que minha mãe era mais xingada do que juiz de futebol depois de apitar um penâlti contra o Corinthians no Pacaembú lotado. Não era fácil, mas ganhava bem, tinha diversos beneficios e corria para deixar o cliente satisfeito. Mais consumidores felizes mais dinheiro na conta do funcionário.
Hoje fiquei pensando enquanto escutava uma música brega com uma mulher dizendo que a HP faz tudo por você. Isso parece nome de programa apresentado pelo Antônio Abujamra. Refleti sobre o quanto esse infeliz que está do outro lado da linha ganha para enganar os clientes.
Não vale nem o xingo que eu ia soltar depois de ouvir a seguinte pérola:
Atendente: Sr. Eduardo, vou encaminhar um email para o setor de qualidade da HP, mas o documento só chegará no Laboratório na segunda-feira.
Cliente (Eu) : Mas que documento?
Atendente: O email senhor.
Cliente : Espera um momento que eu quero ver se eu entendi direito, Você está me dizendo que o email que você vai enviar para a HP agora as 10:30 só vai chegar lá depois de 3 dias.
Atendente: Isso mesmo senhor, posso ajudar com mais alguma informação?
Cliente: Não, você já me ajudou demais, chega por hoje, obrigado.
Ainda não acreditei que esse diálogo realmente aconteceu ou estou ficando meio maluco mesmo.
Só gostaria de saber o que está acontecendo o meu notebook, será que ele foi abduzido?
O código de defesa do consumidor diz que o reparo de qualquer produto na garantia deve ser feito no prazo máximo de trinta dias.
HP têm somente mais 7 dias para acabar o prazo que a lei exige.
Prometo a todos que esse é o penúltimo artigo sobre minha cruzada contra a HP.
Eduardo Vinha