Quem sou eu

Minha foto
São Paulo, SP, Brazil
Jornalista em busca dos chips de consciência coletiva para o mundo capitalista moderno. Essa matéria vai dar o que falar. Gosto de escrever de noite com a Lua do meu lado, assim me sinto perto de casa. Antí-massmedia interessados na massificação da bunda, violência e porcarias. Estou a espera do novo, útil, funcional e educacional. Enquanto esse dia não vem, sigo com este blog na tentativa singular de mudar este mundo caótico e cada vez mais quente. Minha pauta favorita é a vida, acordar e ter a possibilidade de fazer cada dia, um dia diferente, tenho 24 horas para ser feliz neste planeta cansado e doente.

segunda-feira, novembro 26, 2007

É pic, é pic...é pic, é pic, é pic!!!



É pic, é pic...é pic, é pic, é pic!!!


Saudades leitores amados. Faz tempo, tenho que confessar que este blog está passando por mais uma metamorfose. Antes eu só postava aqui para ganhar créditos durante a minha faculdade, depois peguei gosto pela coisa e agora isso aqui parece mais meu muro das lamentações moderno.


Eu estou feliz, dois amigos lembraram da existência deste criador de gato metido a blogueiro e com mania de falar “caralho” quando algo de bom (ou ruim) acontece!!

Estou com saldo negativo no banco e também recebi uma ligação do Bradesco, mas não era para dar parabéns, mas para me cobrar de uma “pendência” junto a minha agência.

Na hora eu falei sabe o que?

Rs...rs..rs....

E-mails foram vários e a noite cheguei em casa e foi recebido por um telefonema dos meus pais. Uau!!

Valeu, neste mundo capitalista pseudo-moderno, provavelmente eu compraria tudo isso com Master Card.

But in the World of whitesocks, nothing can buy this fellings.

Até o ano que vem se Deus quiser!!

Eduardo Vinha



domingo, setembro 30, 2007

A história de Antônio - Parte II

As coisas não andam nada bem, para nosso amigo Antônio, as entrevistas de emprego continuam aparecendo, mas a tão esperada volta ao mercado de trabalho ainda não se concretizou.

No mundo capitalista, você é aquilo que você pertence, sua conta bancária está no azul, seu carro é o ano, então tudo bem, todos te amam e o universo te respeita. Realidade distante de alguns milhões, ou quem sabe até bilhões de pessoas que vivem no planeta Terra, a filial do inferno, paraíso de poucos.

Não vou muito longe, para contar a continuação dessa história que começou no post anterior. Antônio está cada vez mais desanimado, com muitos poucos amigos, e nenhum com influência para colocá-lo em um emprego qualquer.

Seu porto seguro agora se resume aos seus pais, sim, os pais nunca viram as costas para seus filhos e apesar de toda sorte de Antônio estar soterrada debaixo de sete palmos, ainda ele pode contar com a ajuda de seus criadores.

Por isso é sempre bom lembrar, ame seus pais.

Amor não resiste à falta de dinheiro, e ele sabia que mais cedo, ou mais tarde a sua esposa iria estourar. Agora, Antônio é um vagabundo que só sabe ver jogo de futebol pela televisão e ler bobagens na internet. Palavras de sua esposa.

Imagine a situação, você desempregado (e desesperado), sua dívidas aumentando seu nome do Serasa (com o nome no cadastro de inadimplentes é impossível arrumar uma nova colocação no mercado, no Brasil, todas as empresas realizam uma pesquisa para ver se você está com o nome limpo, que paradoxo mais tupiniquim), agora aquela pessoa que estava ao seu lado, está contra você.

A vida continua, e na próxima entrevista, Antônio tem estar impecável, sorridente, comunicativo, prestativo e atento a todas as perguntas da selecionadora.

Nervos de aço para uma alma de banana, é isso que o mercado quer, seus problemas ficam do lado de fora da sala, lá dentro você é um cara forte e capaz, mesmo concorrendo com os Q.Is (Quem Indica) da vida.

Em casa, ele nem pode dizer nada, a paciência da sua esposa até que durou muito, já que Antônio está desempregado a quase um ano. Podemos chamá-lo de vagabundo, a coragem que ele tinha para olhar no espelho, hoje ele não tem mais, justo Antônio que toda a noite chorava por não conseguir uma recolocação, seu senso auto-crítico parece que perdeu a voz, diante das afirmações de sua esposa.

Antônio não tem coragem mais para olhar nos olhos daquela pessoa que estava do seu lado, dando apoio e atenção. A vergonha de ser inútil é uma das piores sensações que um homem pode sentir.

De todas as bobagens que Antônio lê na internet, essa é a mais triste e verdadeira delas.

sexta-feira, setembro 21, 2007

A história de Antônio


Todo dia Antônio acorda pensando se seu dia será diferente amanhã. Mesmo que com medo de enfrentar mais um dia de frustrações e rejeições, não desiste, afinal, as contas para pagar só aumentam e o dinheiro que havia garantido em sua demissão, só diminui.
O desemprego pegou Antônio de surpresa, após 20 anos de trabalho em uma mesma empresa, não esperava sua demissão.
No início parecia fácil, mas com o tempo, não sabia o que fazer com o tempo livre, e começou a trocar o dia pela noite. Sentindo-se um estranho dentro de sua própria casa, experenciando situações antes inimagináveis, passou a se sentir sozinho e deslocado.
A vida social tornou-se um problema e Antônio não sabe mais responder ao questionamento de sua família. É muito difícil o enfrentamento com uma sociedade que julga de maneira negativa o desempregado.
Todos nós crescemos ouvindo que 'o trabalho enobrece o homem', que 'vagabundo é aquele que não trabalha', e que 'só não trabalha quem não quer' e com Antônio não foi diferente.
A temática da marginalização acompanha o desempregado que tem no tempo seu maior desestabilizador, pois quanto mais o tempo passa, mais difícil retornar ao mercado de trabalho, mais difícil ser aceito nas entrevistas de recrutamento, mais fácil ser rejeitado, mais fácil se sujeitar a qualquer trabalho mal remunerado, mais fácil a família desistir e amigos se afastarem.
Nos caminhos tortuosos da compreensão que o desemprego exige, Antônio tenta compreender o que se passa, porque se sente estranho e por que todos vêem de forma banal seu sofrimento.
O problema é que o desemprego não tem data de término, e Antonio não sabe quanto tempo vai durar, o futuro para ele é uma incógnita e a espera só o fragiliza.
A partir do momento em que o sujeito está desempregado e quer retornar ao mercado de trabalho, suas aflições passam a ser muitas.
Às vezes o medo, as vezes a culpa, as vezes a angústia. Esses são os sentimentos que se misturam no dia a dia de Antônio.
O medo é o de não conseguir restabelecer-se. A culpa por se sentir responsável pela perda do emprego, a angustia por não saber como será o seu amanhã.
Antônio busca constantemente compreender a demissão, sempre se perguntando: Onde foi que eu errei ?
É natural buscar razões e motivos para o ocorrido. Quase sempre, quando fazem um balanço de sua história profissional, tendem a culpar-se e a responsabilizar-se pela perda do emprego.
Falar sobre a perda do emprego é falar sobre algo tão importante que pode alterar o modo de relação do sujeito consigo, com sua vida e com os outros. O desemprego afeta a forma de ser dos indivíduos, as estruturas familiares e sociais.
Os trabalhadores demitidos estão diante da ruptura de uma história, questionam-se sobre seus valores, sobre seu futuro, sobre suas vidas. A perda do emprego pode representar para o sujeito não uma, mas inúmeras perdas e rupturas.
A história de Antonio é como muitas outras histórias, de luta e sofrimento. O caminho não é tranqüilo, lidar com o desemprego é sofrer constantes feridas e cicatrizações. Ter que se refazer é o que constantemente tem que se fazer para enfrentar mais um dia. Isso me lembra o próprio Mito de Fênix, ave mitológica que tem o poder de se reproduzir sozinha, após atear fogo em si própria, renasce das suas próprias cinzas.

sexta-feira, julho 20, 2007

Vamos celebrar, in memorian


Morreu hoje em São Paulo, o senador (e bandido), Antônio Carlos Magalhães, com 79 anos dedicados a roubar e castigar ainda mais esse país.
Sua vida pública começou muito cedo, ainda na faculdade (onde eu aprendi o significado da palavra ética) ACM ingressou no movimento estudantil, foi presidente do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal da Bahia.
Em 1967, tornou-se prefeito de Salvador pela ARENA (partido do governo militar), logo depois foi indicado para o governo da Bahia e no final dos anos 70, este velho safado foi para Brasília para mamar em berço explêdido e ficou até os seus últimos momentos de vida.
Neste momento começo a imaginar a quantidade de dinheiro que esse sujeito roubou da União, com a influência de cargos como o presidente da Eletrobras ou no Ministério das Comunicações (vide histórico de Luiz Gushiken e o favorecimento do atual ministro Hélio Costa para com as empresas de telecomunicação), onde o que conta é o poder do capital.
Devemos festejar o final da era do "toninho malvadeza", apelido criado para ACM.
Pois é, neste plano terrestre, sua missão foi de roubar e colaborar para que a nação brasileira (especificamente o povo da Bahia) ficasse na lama, sem desenvolvimento sustentável, sem projetos na área da educação, turismo e saúde.
Espero que seus herdeiros não continuem no poder, desejo que o seu suplente (e seu filho) tenha uma outra visão de como se trabalha em defesa dos direitos daqueles que votaram no seu pai.
Que os baianos façam festa, a verdadeira micareta fora de época, em comemoração a morte de um verme, mais um parasita que vive nos ares secos de Brasília.
Aqui, você não pagou pelos seus crimes, não foi preso e nem teve seus bens confiscados, mas resta a esperança que o fogo do inferno queime sua cara-de-pau, e que sua alma demore uns 3 séculos para se purificar.
Esses são os mais sinceros votos de condôlencias para você, Antônio Carlos Magalhães.
Descanse em paz, povo da Bahia, este ladrão não vai mais lhe roubar.
Eduardo Vinha

quarta-feira, julho 11, 2007

Loading...


De volta a São Paulo, estou bem, não sinto o peso do diploma nas minhas costas, apesar de saber o valor de todo conhecimento adquirido durante o processo de formação profissional, o famoso "nível superior".

Sorte do Renan, Roriz e colegas com anel de doutor que escaparam das garras do blog do Fog, falando em felinos, ele ganhou uma irmã, a Izzie Luna of Whitesocks.

Mas fora do meu bunker é impossível não sentir o cheiro da impunidade que permanece no Brasil, hoje e sempre.

Tudo bem, que agora não temos mais a censura e qualquer gato pode criar um blog e dizer (miar) o que a mídia não diz (mia).

Carreguei as baterias, limpei as lentes e conectei meu micro, a rede está formada...

Transformando fatos do cotidiano em momentos de alegria, reflexão e renovação.





Eduardo Vinha

terça-feira, julho 10, 2007

As caras da informalidade




Conforme consta no post anterior, aqui está o resultado de muito trabalho e dedicação.

Foi difícil, praticamente um ano de pesquisa de campo na busca dos personagens perfeitos de um mundo marginalizado pela grande mídia.

Pessoas com nível superior trabalhando de madrugada nas ruas do Brás, uma Psicológa vendendo doces na Avenida Paulista e o cara que abraçou a causa do hot-dog e hoje é um empresário de sucesso.

Histórias de vida retratadas em 10 minutos, a edição está rápida e dou minha palavra que não está cansativo.

Espero que eu consiga transmitir a minha mensagem a todos que assistirem.

Eduardo Vinha

sábado, junho 30, 2007

Com a palavra: O Bacharel...


É com muito orgulho que escrevo esse post, na minha atual posição de jornalista formado.
Foram quatro anos de muitas alegrias, conhecimento, aprendizado, cervejas, risadas, debates, brigas, discussões, xerox (muito xerox), projetos e amizade.

Fazer um curso onde se aprende como surgiu e como funcionam os meios de comunicação de massa, ter a oportunidade de conhecer matérias fascinantes como: filosofia, cultura brasileira, história da arte, jornalismo especializado, sistemas multimidias e internacionais da comunicação.

Não podemos esquecer da parte fria, como a Lei da Impresa e a Metodologia Cientifíca.
Voltando no tempo, lembro da bagunça, quando publicitários e jornalistas conviviam no mesmo ecossistema.

Não esquecerei vocês nunca, mesmo com aquela história de foto minha de cueca "bem louco" na rua.

Como disse a minha colega, a jornalista Mara Riveiros: " a gente só guarda na memória, os bons momentos, os problemas e dificuldade ficam para trás". Concordo plenamente.
Durante a percurso, muitos ficaram no meio do caminho, por problemas financeiros, pessoais, etc...

E também ocorreu a divisão: de um lado os publicitários e de outro os jornalistas.

A partir deste momento, comecei a sentir saudades, das conversas que atrapalhavam o professor Rouanet, das bobagens do Carlinhos Lindo, do Chen e do Parra, também é impossível esquecer do professor Sandro de PP.

Tive a chance de conhecer duas mulheres maravilhosas: Vera Vozzo e Regina Ros, vocês são demais, pela atitude, pró-atividade e amizade. Que os mais jovens possam enxergar o que eu vi em vocês.

Em contra-partida, a turma de jornalismo, tem uma outra energia, muito rancor, inveja, raiva, ganância e imaturidade, sei lá, mas parece que algumas pessoas já nascem com o DNA de fura-olho, sai fora, tô longe dessa gente....

Ainda bem que existe as exceções: Juliane, Priscila, Marcelo, Vitor, Lygia, Bruna (parabéns pelo seu 10!!), Camila, Nuria, Susan e claro da Mara Riveiros.

Aqueles colegas que pisaram na bola, ou quase nunca apareceriam na sala de aula e mesmo assim conseguiram o diploma a custa de muito atestado médico eu desejo muita saúde e coragem, pois o mercado de trabalho não tolera essa postura.

Porém prefiro continuar a parte boa da história e sigo em frente com a parte dos "confetes".

Meus mestres: Vitral, Sandro, Marina, Rouanet, Eiko, Lara, Pedro, Tereza, André, Rosemarie, Arthur, Sérgio e especialmente meus orientadores do projeto experimental: Vanice Assaz e Luis Santoro, muito obrigado por todo o conhecimento que vocês jogaram na minha mente.

Ao coordenador do curso de Comunicação Social, Franklin Valverde, agradeço pela paciência e apoio durante todo o processo de conhecimento. Obrigado a Universidade São Marcos, pela visão social que esse instituição possui.

Hoje eu enxergo o mundo com outros olhos, graças a todos vocês.

Finalizando, quero dedicar esse diploma a meus pais (Antônio e Maria de Lourdes) e familia, a minha mulher Janaina Vinha e meus dois felinos: Fog e Izzie.

Vocês são os responsáveis pela coragem que existe dentro de mim, pela força, espero ser merecedor de tanta energia positiva e prometo não desapontar, fraquejar, muito menos desistir.

Pessoal da TV São Marcos valeu pela chance, adorei...

Ricardo (Edição), obrigado pelas horas extras...

Saudades, agora é partir para os novos desafios e guardar na memória, tudo de bom que aconteceu nesses quatro anos...

Universidade São Marcos, muito obrigado!!


Eduardo Vinha



----------------------------------------------------------------------------------------

Em breve o meu documentário...aguardem!!!

terça-feira, junho 26, 2007

Só preciso de um pouco mais de fôlego


Última semana de aula, toda a adrenalina está a flôr-da-pele, você aumenta seu batimento cardíaco, atráves de muita ansiedade, cigarros, medo, impaciência, coragem e outros tantos...

Que esses dias sejam breves, longos, não interessa, o importante é a intensidade dos fatos e a simplicidade da realidade.

Eduardo Vinha

terça-feira, junho 19, 2007

Hoje eu não vou falar "de nada"


Pois é...
Reta mais do que final para o término do meu curso de Jornalismo...
Minha antiga máquina, não foi encontrada pela polícia, tudo bem. Só espero que o infeliz que a roubou, faça bom proveito.
Tirar fotografias é uma arte, acessivel até para os amadores, sim, porque existem diversas pessoas que não têm nenhum conhecimento técnico e mesmo assim, conseguem tirar retratos fantásticos.
Duvido que aquele ladrão tenha sensibilidade para registrar momento algum.
Graças as pessoas que me amam, consegui um novo equipamento, mas moderno, com regulagens de ISO, obturador e diafragma manuais. O zoom ótico é simplesmente o dobro da outra e a resolução também subiu.
Mas eu gostava da minha Olympus, estava satisfeito, consegui roubar diversos fragmentos de alegria, revolta, amor, paz e muitos gatos e cães.
Vou parar por aqui, hoje não vou falar de nada...
Eduardo Vinha

segunda-feira, junho 11, 2007

Coisa de viado

Prezados leitores, curiosos e afins...
Saudades de todos!!
Após muitos dias, de luta contra o tempo, correria, vai para lá, vem para cá...
Assunto batido: TCC!
Novidades: Seletas e sórdidas!
Meu objetivo neste artigo era uma sessão de fotos sobre a Parada Gay. Sim, pois o blog do Fog nunca cobriu esse evento que reuniu mais de 3,5 milhões de pessoas.
Muita gente, e no meio dessa massa, vagabundo é mato, como dizem por ai.
Este estudante (ainda) de jornalismo tinha mais uma lição para aprender antes de tornar-se umjornalista.
Pois é, ontem eu estava lá, no meio do trio elétrico, ouvindo uma tecnera, tirando fotos, roubandoum pedaço do tempo.
Para vocês, para o mundo, expressar a minha visão, o meu ponto de vista de um grande evento.
As fotos ficaram demais, confesso com lágrimas nos olhos, uma dor estranha.
As imagens já estavam guardadas, momento de ir embora, estalar os dedos e deixar o pensamento fluir.
Conforme eu chegava perto da estação do metrô, mais difícil ficava meu caminho, mar de gente,cada um quer ir para um lado, nada coordenado, uma bagunça.
Empurra aqui, puxa lá, e simplesmente tudo vai. Algum ser humano muito "esperto", pegou a minha máquina fotográfica e meu bilhete único sumiram, impossível saber quem foi.
Quando percebi que ela não estava no meu bolso eu fiquei atordoado, paralisado, fui conduzido pelo fluxodas pessoas.
Durante a volta, me senti mutilado, como se arrancassem os olhos que congelam o tempo, o momento perfeito.
Parecia que eu estava sem um braço, uma extensão do meu corpo.
Hi...esse texto tá parecendo coisa de viado.
A PM prendeu um Gérson com vários objetos furtados durante a Parada Gay, na foto acima podemos observar a primeira linha de máquinas fotográficas, o quarto e o quinto equipamento da esquerda para a direira é uma Olympus, idêntica a minha.
Quarta-feira irei até o 4º DP, fazer um reconhecido da peça, espero que seja ela.

Eduardo Vinha


Foto e notícia relacionada:

http://g1.globo.com/Noticias/SaoPaulo/0,,MUL50454-5605-8935,00.html

quinta-feira, maio 24, 2007

Blog do Fog encontra os Doutores da Alegria


Levar carinho e atenção através de muita brincadeira e palhaçada, esse é o trabalho da trupe "Doutores da Alegria", que visitou a Universidade São Marcos.

O projeto existe desde 1991 e, atualmente 17 hospitais, localizados principalmente nas periferias das cidades, recebem a visita dos Doutores da Alegria. São 53 "doutores", espalhados por quatro estados brasileiros: São Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte e Recife.

Como estou fazendo um estágio na TV São Marcos, tive o prazer de conhecer Thais Ferrara, diretora artística do grupo de palhaços doutores, especialistas em besteirologia.

Crianças que ficam dias, semanas e até meses nos hospitais públicos, recebem pelo menos uma vez por semana, a visita desse profissionais que levam um remédio que não está a venda nas farmácias e por isso não são receitados pelos médicos: auto-estima.

Para Thaís, o trabalho é repleto de surpresas. "Costumo falar que palhaço em hospital é como piloto de Fórmula 1: um dia ambos vão dar com a cara no poste. No caso dos palhaços, teremos que nos deparar com cenas chocantes e mortes".

Realmente não tem preço levar um sorriso para uma criança que está em um hospital passando por um momento difícil, como um tratamento contra o câncer.

A ONG "Doutores da Alegria" possui um setor de sustentabilidade, que cuida dos patrocínios que geram as verbas necessárias para a concretização do projeto.

Gostei, muito bom, Thais, parabéns pelo trabalho que você faz, se nosso país tivesse políticos iguais a você, nosso Brasil seria diferente.

Eduardo Vinha

domingo, maio 13, 2007

Diversidade total é a Virada Cultural

A Virada Cultural é um evento realizado pela prefeitura de São Paulo, anualmente, milhares de paulistanos tem a oportunidade, de ter um contato mais próximo, com diversas manifestações artísticas e culturais.

Foram cinco palcos no centro (Sé, Boulevard São João, Anhangabaú, Vieira de Carvalho e Barão de Itapetininga) com temáticas diferentes (MPB, rock, música clássica, romântica e dança) .

Este blogueiro, quase maluco por causa do TCC, pensou que seria um ótimo programa para curtir com a minha esposa querida, deixamos o Fog em casa e partimos rumo ao centro velho, da cidade cansada.

Saindo da estação Anhangabaú, do Metrô, entramos no Shopping Light, almoçamos e caimos direto na Barão de Itapetininga, onde parecia, como diria Max Payne, a ante-sala do inferno.

Eu fui assistir ao show dos Inocentes, puro punk-rock brasileiro, gosto da música, as letras falam do menos favorecidos, das seqüelas do sistema capitalista.

Mas isso não é motivo para ser igual as pessoas que vi naquela rua, deitados no chão, ao redor, muitas garrafas de vinho e pinga, urina e fezes. Alguns nem conseguiam ficar de pé, uma mistura forte, de álcool, drogas, música alta e auto-mutilação.

Jovens perdidos, vivendo na era do excesso, de compras, dinheiro, consumo e miséria, vamos acabar com tudo, até com nós mesmos.

Minha esposa, não aguentou muito tempo por lá, mas ainda faltava uma hora para o show dos caras e eu queria ver. Saimos dali e chegamos no Boulevard São João, muito perto para tanta diferença.

São Paulo, são muitas faces, disfarces e distâncias, em menos de 200 metros, parecia outro lugar, onde o clima era família, tranquilidade, bom para namorar, beijar na boca e ser feliz.

Laércio de Freitas, sem não fosse um pianista profissional e talentoso, poderia ganhar dinheiro atuando como dublê do Morgan Freeman, em Hollywood.




Outra surpresa fanscinante foi encontrar o circo, sim, ele mesmo, com palhaços e brincadeiras infantis. As crianças ficam hipnotizadas com as brincadeiras do grupo pururuca, vencedor do Prêmio Funarte Carequinha de Estímulo ao Circo/2006.

Artistas de qualidade e grátis para a população, seria ótimo, mas estamos no Brasil.

O histórico da Virada Cultural é desanimador, no ano passado foi um fiasco devido ao medo da população diante dos ataques do PCC, no ano anterior o forte frio não ajudou para que os paulistanos fosse as ruas.


Esse ano tivemos outro acidente para manchar o evento, o grupo de rap Racionais MC´s subiu ao palco com mais de uma hora de atraso.

Não precisa ser pobre e da periferia para ficar nervoso com uma atitude como essa, eu que adoro concerto musicais, e paguei caro em alguns deles, também fiquei nervoso quando isso aconteceu.

Porém a mesma juventude que se destrói no exagero, ingerindo drogas e dormindo na merda, literalmente, também possui uma raiva sem causa, muito menos ideologia ou objetivo.

Devolver a violência que o sistema vigente produz não é a solução, infelizmente, ou felizemente, nossos adolescentes e jovens adultos são compostos, na sua grande maioria, por pessoas pacificas, seja da elite, ou da favela.

Se todo pobre, injustiçado e desempregado fosse estourar banca de jornal e queimar carro na rua, os episódios similares ocorridos na França iriam virar fichinha perto de nós.

A Polícia Militar de São Paulo demonstrou mais uma vez que é totalmente despreparada e irresponsável, ao realizar uma repressão desproporcional, atirando bombas de gás lacrimogêneo, spray pimenta, bombas de efeito moral e balas de borracha em uma multidão de mais de 30.000 pessoas. Foram ignoradas as pessoas com deficiências físicas, as crianças e idosos que estavam presentes.

Mano Brown, lider dos Racionais até tentou minimizar a situação, mas não teve jeito, o show não rolou e todos foram embora sobre o coro da borracha.

No Brasil, todos pagam o pato, por causa de alguns idiotas, como sempre.

Link relacionados:

Sobre o trabalho do Grupo Pururuca - www.funarte.gov.br

Pianista Laércio de Freitas - http://www.maritaca.art.br/laercio.html

Créditos Video do You Tube: usuário trasitobr


terça-feira, maio 01, 2007

Os trabalhadores em defesa do planeta?


Com certeza não, os trabalhadores de baixa renda (público alvo das festas sindicais) já colaboram e muito com meio ambiente, mas vou explicar melhor no final do artigo.

Primeiro vamos analisar a comemoração do dia do trabalho no Brasil, que é patrocinado pelo governo federal, responsável pelo circo armado na praça Campo de Bagatelle, na Zona Norte de São Paulo.

No palco palhaços como Zezé di Camargo e Luciano, César Menotti e Fabiano, Daniel, Exaltasamba, Edson e Hudson, Rio Negro e Solimões, Fábio Jr., Gian e Giovani, Guilherme e Santiago, Mastruz com Leite, Grupo Revelação, Rick e Renner, Cezar e Paulinho, Hugo e Tiago, Gino e Geno, Boka Loka e Frank Aguiar, entre outros.

A pláteia composta por mais de um milhão de malabaristas, engolidores de fogo, mágicos, trapezistas e diversos tipos de artistas, porque é uma arte sobreviver com um salário mínimo ou a aposentadoria de algum parente idoso.

Paulinho da Força é o mestre de cerimônia, com um discurso pró Lula, deixa de lado o desemprego e o abismo social para falar de meio ambiente.

Vivemos uma recessão maquiada através de dados e estatísticas sem credibilidade, um sistema político doente com uma oposição opaca diante um partido vermelho de vergonha, com bandidos disfarçados de parlamentares.

Parte da culpa é da grande mídia que também finge que tudo está bem, obrigado.

Mas não está, vale lembrar neste primeiro de maio que segundo uma pesquisa realizada pela Fundação Seade revela o tamanho do problema. O contingente de desempregados nas regiões metropolitanas de Belo Horizonte, Porto Alegre, Recife, Salvador, São Paulo e Distrito Federal atingiu 3,171 milhões de pessoas em março.

Esses números afetam todos, inclusive os trabalhadores, no capitalismo funciona a lei da oferta-procura. Altos indices de desemprego influenciam na renda média da população, as empresas recusam a aumentar os salários, algumas até reduzem.

Será que temos motivos para comemorar??

Explicando sobre o tema da festa "defesa do planeta", os trabalhadores brasileiros já contribuem com o meio ambiente devido ao seu baixo poder de consumo. Não precisa fazer pesquisa para saber que familias com alto poder aquisitivo, consomem muito mais, gerando mais lixo e poluindo o planeta com seus carros 4x4 turbo diesel com 300 cavalos e um burro no volante.

Paulinho escolha melhor o tema para enganar o povo no ano que vem, o blog do fog está de olho e essa de meio ambiente, sinceramente, não colou.




Eduardo Vinha



PS: Gostei dos comentários do post anterior, a sua diversidade e essência, obrigado a todos, não sou atéu, sou espiríta...
Mas religião é muito complexo, a gente não acredita mas confia, bem minha cara.

segunda-feira, abril 23, 2007

Onde estará esse tal de Deus?


Hoje meu dia foi pesado, como nos últimos seis meses, dias sem emprego e com muito pouco dinheiro. Mas isso é passado, agora tudo vai mudar, pois meus recursos acabaram de vez, assim como minha idéia que exista um tal de "Deus" e que ele iria me ajudar a arrumar um trabalho.
Energias positivas, vibração e cura milagrosa são palavras que compõe o press release da Universal ou qualquer outra religião. O cabresto da sociedade criado para que manter os seres humanos em harmonia e de bem com o prôximo. Se tudo isso fosse verdade, muita coisa estaria diferente neste mundo.
Você ai em cima (Deus), precisa mostrar serviço aqui embaixo, seu lugar está prestes a ser ocupado por outra forma divina (e muito mais real que você), o dinheiro. Sim, e não é só porque a minha vida profissional está uma merda que eu estou dizendo isso, mas vamos analisar alguns fatos e imaginar a postura de "Deus".
Onde estás enquanto milhares de pessoas estão sendo mortas e mutiladas na guerra civil do Sudão? O que fazes para minimizar a fome dos africanos doentes de Aids? Por que no Brasil só vai para cadeia (e cumpre pena) ladrão de galinha e gente (pobre) inocente? Por que existe tanta gente corrupta, malvada e cruel vivendo em Resorts na Costa do Sauípe?
Alguns vão dizer que é porque este mundo é de expiação e provas, mas só para alguns, certo?
Cada dia que passa, tenho mais certeza que essa história de fé e religião é coisa para boi dormir, manipulação das instituições, afinal quem tem um bom caráter e não faz mal ao prôximo não leva nenhuma vantagem daquele que é egoista e sem ética.
Religião é negócio, dá muito dinheiro e atrai aqueles que não tem mais esperança, sem instrução (pois aquele que estuda mais de 15 anos, já questionou essa história de Deus), baixa renda e grande parte leva uma vida sem rumo. A partir deste momento a pessoa começa acreditar em "Deus", algo que é virtual.
Hoje não vou conversar com você (Deus), muito menos com seu filho, não quero atrapalha-los, podem se divertir com tudo que passa aqui embaixo, se vocês não fazem nada, é porque está bom de ver ai em cima.
Assistir deve ser ótimo, mas viver, não é nada agradável.
Eduardo Vinha

sábado, abril 14, 2007

A cara do Brasil


Desculpem pela foto, é feia, sem cor, mas representa a minha cara diante do resultado da operação "hurricane" realizado pela Polícia Federal.

Primeiro pelo nome, isso parece mais nome de um produto qualquer, idéia de um publicitário decadente, porém a assessoria de imprensa da PF está de parabéns, agentes com GPS de última geração, carros alugados e um treinamento especial para essa operação contra a exploração de jogos ilegais no Rio de Janeiro.

Mas o show estava apenas começando, e durante o espetáculo surgiram os grandes personagens: O desembargador federal José Eduardo Carreira Alvim, seu colega, José Ricardo de Siqueira, o juiz Ernesto da Luz Pinto Dória, do TRT (Tribunal Regional do Trabalho) da 15ª Região (SP) e o procurador regional da República do Rio de Janeiro, João Sérgio Leal Pereira.

Também participam do esquema donos de escolas de samba e diversos integrantes das polícias civil e militar.

Será que um salário inicial de R$ 10 mil Reais e diversos benefícios concedidos por direito não são suficiente para viver "razoavelmente" bem? Outra questão é a impunidade que temos no Brasil, nossa memória não é muito boa, esquecemos de fatos importantes com muita facilidade, com a ajuda da mídia.

Uma frota de carros importados e mais de 10 milhões de Reais foram apreendidos pela PF. Aqui é o país da impunidade, nossos magistrados praticando o tráfico de influência, tirando dinheiro de quem quase não tem.

Minha cara de bunda fica maior ao imaginar o público alvo das máquinas caça-níqueis. Homens de baixa escolaridade e renda, quando sobra um dinheirinho, corre para o bar e gasta tudo em pinga e no jogo.

Como deve ser a sensação de andar em uma Mercedes Benz graças a um bando de pobres infelizes que se divertem inserindo moedas numa maquina luminosa e barulhenta?

Esses acusados são mestres em legislação, ao lado da lei e com alguns arquivos mortos, está tudo certo, nada de cadeia, eles são pessoas idôneas, idosas e com a saúde debilitada e sofrem de depressão.

No máximo uma prisão domiciliar, daqui a 10 anos, pois o habeas corpus sai em 48 horas.

Fogo de palha, milho para a mídia, não dou 10 dias e o furacão passará.


Eduardo Vinha

sexta-feira, abril 13, 2007

Paulo Markun na Universidade São Marcos


Prezados leitores, desculpe a demora, está cada vez mais difícil dedicar tempo para esse meu blog amado e querido. Mas bola pra frente e comentando a passagem do jornalista Paulo Markun, na Universidade São Marcos, em São Paulo.

Markun contou brevemente sobre toda sua trajetória, durante sua carreira de jornalista até os dias atuais.

Paulo Markun nasceu em São Paulo, em 1952. Jornalista profissional desde 1971,foi repórter, editor, comentarista, chefe de reportagem e diretor de redação em emissoras de televisão, jornais e revistas. Atualmente, apresenta o programa Roda Viva da TV Cultura (segundas-feiras, dez e meia da noite), é editor do Jornal de Debates (recriou na internet a versão do jornal de 1946) e preside o Sindicato da Indústria Audiovisual do Estado de Santa Catarina.É autor de oito documentários e doze livros.

Atualmente ele tem o projeto Jornal de Debates, http://www.jornaldedebates.ig.com.br/index.aspx?tma_id=873 , um site onde quem produz os conteúdos jornalísticos são os próprios internautas, segundo o jornalista: "Todo e qualquer internauta poderá participar do JORNAL DE DEBATES, desde que preencha o cadastro e aceite o termo de responsabilidade. Seu primeiro artigo, charge ou comentário passará pelo editor, para verificar se respeita os preceitos estabelecidos pela publicação. Caso esteja conforme, será publicado, dando a seu autor o direito de enviar colaborações diretamente para o site, sem passar pelo crivo do editor. É uma espécie de voto de confiança, revogável em caso de desrespeito às normas divulgadas ou do uso indevido do espaço".



Essa iniciativa permite que qualquer pessoa seja repórter por um dia, de um lado perdemos em credibilidade, mas ganhamos na diversidade de opinião e pontos de vista.

Não é necessário ser estudante de jornalismo, portanto, sem comprometimento com a ética, o senso comum não conhece os valores que só uma formação acadêmica pode proporcionar aqueles profissionais especializados em comunicação social.

Independente da credibilidade, o importante é a interação e a conectividade em individuos que vivem, sonham e surfam nas ondas da internet.

Boa palestra, recomendo a todos, Paulo Markun é uma referência no jornalismo brasileiro, ao vivo ele prova que é capaz, muito bom.

Eduardo Vinha

Fonte / maiores informações:

http://www.paulomarkun.com.br/

domingo, março 25, 2007

Como viveremos sem água?

Na semana passada, alguns meios de comunicação impressos divulgaram informações referentes ao Dia Mundial da Água, criado pela Assembléia Geral das Nações Unidas, em 1993.

O Brasil conta com a ANA (Agência Nacional das Águas), responsável pela aplicação e fiscalização da Lei de Recursos Hidrícos, aprovada desde 1996 e que ainda está no papel.

Coisas do nosso país, a legislação foi criada e agora será necessário pôr em prática.

Esse assunto é importante e invísivel, afinal tratamos a água com descaso e muito desperdício.

Talvez por achar que nunca vai faltar o H2O ou por falta de informação, a grande mídia não divulga os assuntos mais espinhosos e polêmicos. Por exemplo, a privatização da Sabesp e o futuro das represas no município de São Paulo.


Segundo opiniões dos especialistas do setor, vai faltar água potável em São Paulo a partir de 2015. Não está tão distante assim, o aquecimento global e o derretimento das geleiras é para daqui a 60 anos, mas a água que os paulistanos bebem vai virar artigo de luxo.

Vamos começar pela privatização da Sabesp (Empresa de Águas e Saneamento Básico do Estado de São Paulo), água não foi feita para dar lucro, ao contrário, para tratar e descontaminar a água que chega na sua torneira vai um investimento muito expressivo.

Boatos indicam que esse serviço será privatizado em breve, com as mentiras de sempre, novas tecnologias e nenhum ônus para a população. Quem acredita?

Ao mesmo tempo, as áreas de mananciais – que são aquelas responsáveis pela produção de água e que por sua importância são protegidas por lei desde a década de 1970 - são alvo da expansão da mancha urbana dos municípios, caracterizada pelo deslocamento das populações mais carentes para as áreas periféricas.

Outro assunto que envolve essa pauta é a famosa transposição do rio São Francisco, com o relatório de impacto ambiental em mãos, o governo pode iniciar esse projeto que visa levar água para a população do semi-árido.

Para quem não é bobo, nem cego fica claro e evidente que isso é outra história para boi dormir.
Os maiores beneficiados com a transposição do rio, são os agricultores e pecuaristas da região. Vão usar água a vontade e de graça, o que sobrar do velho Chico os pobres podem beber sem tratamento, o governo só vai desviar o curso do rio para as regiões onde existem grandes propriedades, quem estiver perto vai aproveitar por pura sorte.


Pior é ver o nosso Presidente dizer que esse projeto é em benefício do povo nordestino que sofre com a seca e a miséria. Ninguém melhor do que ELE para saber o que é viver no semi-árido brasileiro.

Beba água, viva e nunca deixe o poder ou o dinheiro fazer você esquecer sua origem e seu passado. E não esqueça de fechar a torneira quando escovar os dentes.

Eduardo Vinha

http://www.socioambiental.org/prg/man.shtm

terça-feira, março 20, 2007

ACMizinho e o título do blog


O mundo está girando, aqui no Circo Brasil, tudo vai muito bem. Fiquei impressionado com o empenho da oposição para criar a CPI do apagão aéreo. ACMizinho, levantou, bateu na mesa e falou alto. Enquanto isso milhares de brasileiros que pagam umas das taxas de embarque mais caras do mundo e são contemplados com um excelente serviço para os padrões da Somália ou Serra Leoa.

Imagine como deve ser esse Cindacta 1, em Brasília nos dias que as equipes de reportagens não estão lá. Quem já trabalhou com assessoria de imprensa sabe como funciona, antes da chegada do repórter, a empresa arruma o local para a gravação. Com uma boa limpeza, equipamentos de informática de última geração, flores e orienta os funcionários para ter uma atenção especial ao Dress Code (roupas para trabalhar de acordo com o ambiente da empresa).

Então quando a mídia chega está tudo lindo, brilhante e operante. A temperatura ambiente da sala dos servidores está adequada, os controladores de voo estão acomodados em cadeiras ergonômicas e monitores de alta resolução.

Quando os repórteres vão embora, tudo volta ao normal, gambiarra aqui, balde em cima de servidor ali e cadeiras quebradas por todos os lados. Funcionários sobrecarregados com equipamentos lentos e ultrapassados.

Enquanto isso o representante da Bahia, deputado ACM Neto, mesmo depois de ter levado uma facada não tomou juizo. Concordo que essa situação do tráfego aéreo precisa ser investigada, mas parar os trabalhos da Câmara, com CPIs que não punem ninguém, apenas serve como palanque para nossos prezados parlamentares ficarem nos holofotes da grande mídia.

Senhores políticos, menos demagogia e mais ação e respeito com seus eleitores.

Toda esse post veio graças ao meu gato, o Fog.

Ele adora ficar na janela vendo o movimento das folhas e os pássaros, mas a noite ele tem uma paixão especial, os aviões. Só vendo mesmo, não existe formas gramaticais, verbos ou conjunções que descreva a cara desse felino quando um Fokker ou Boeing passa no céu.

Alguns leitores perguntaram ou devem ficar curiosos sobre o título do blog, mas a foto acima ajuda a explicar um pouco.

Tenho um carinho especial por esse gato que nasceu no telhado da casa da minha sogra.

Parece coisa de criança, mas não ligo, chego em casa e converso muito com ele, sobre minha vida, se a água está fresca ou se em breve vou arrumar um bom emprego. Quem tem bichos de estimação sabe o que estou dizendo. Minha esposa também adora e até criou um perfil no Orkut para ele http://www.orkut.com/Profile.aspx?uid=11874479878990487848 .

Outra persona do Fog, mais doce, meiga e massmedia. Mas aqui é o contrário, assuntos sociais e nacionais, fatos do meu cotidiano compartilhado com todos. A teia social formada, cada um com sua bandeira, lutando pela vida, seus ideais e objetivos.

Com toda a pressão do dia-a-dia é necessário momentos lúdicos, para ficar longe do material e real, e mais próximo da fantasia e da vida.

Eduardo Vinha

domingo, março 18, 2007

Assim caminha a humanidade...


...consumindo o planeta numa velocidade voraz, criando diferentes formas de interação, formando novos valores e deteriorando toda uma sociedade que se finge de nação.
Esse post não tem título, começa rasgando, indo direto ao assunto. Está faltando tempo para tanta ocorrência e imprevistos cumuns, naturais e banais de todo TCC.
Pois é, daqui a 3 meses, serei jornalista, profissional da comunicação social, ter meu Mtb junto com meu diploma de nível superior.
Refletindo sobre o final da frase anterior, o que será que eu tenho de "superior"?
Só porque eu gastei uma fortuna para ter toda a formação intelectual e social que possuo. Agora eu entendo toda a manipulação que existe na informação, sei também que para essa humanidade melhorar é necessário um esforço coletivo.
Mas o tempo está correndo contra nós, seres humanos, que temos problemas demais. O vizinho que faz barulho de madrugada, o motoboy que passa buzinando feito uma matraca, a mulher que roubou o seu lugar no metrô lotado ou aquele carnê em cima da sua TV que mais parece um monstro querendo te engolir.
O capitalismo prega a filosofia do "ter" ao invés de "ser". Não importa se você é um escritor de sucesso, um artista plástico moderno ou um excelente advogado. O que conta é quanto vale seu carro, quantos prêmios você ganhou ou se já foi capa de alguma revista.
Eu estou quase formado e apesar de não estar trabalhando, faria tudo de novo.
A diferença é que eu "sou" um jornalista que anda de carro velho, porém aprendi que o mais importante é o leitor, a necessidade da ética, sobre dar mais valor e ter muito respeito pelo prôximo, preservar o meio ambiente e reciclar meu lixo, conheci professores fantásticos e entendi porque o mundo é assim.
Quanto tempo este sistema econômico vai durar não sabemos mas tenho certeza de uma coisa, o "ser" é eterno e o "ter" é fulgás.
As opções estão na mesa, faça sua escolha!!
Eduardo Vinha
Nota do blog: Pessoal, desculpa pela falta de atualização, mas o TCC tá me fod....!!
Mas assim que as coisas começarem a andar eu volto com todo o gás.

domingo, março 11, 2007

Todas as formas de expressão

Boas novas, Bush foi embora levando todo ódio e paciência dos brasileiros junto com ele no "Air Force One", graças ao menino do mal, o trânsito ficou pior do que o normal para uma sexta-feira.
A CET (Compania de Engenharia de Tráfego) interditou a principal ligação da zona sul ao centro, a 23 de Maio era do presidente dos EUA.

Dentro do meu carro, morrendo de calor pensava no dia da passeata, manifestantes e suas roupas coloridas que chamam a atenção da imprensa e de todos que estavam ali presentes. Os dragões chineses que no oriente significam poder, prosperidade e saúde, aqui no ocidente representam o mal nas histórias infantis e cospem fogo. A utilização da criatividade para transmitir a mensagem faz bem para os olhos dos receptores.



Qualquer semelhança com a corrida de São Silvestre é mera coincidência, só faltou alguém com a plaquinha "Galvão filma eu" aparecer por lá. O arquinimigo de George Bush, Osama Bin Laden estava marcando presença com sua tradicional barba branca e turbante na cabeça.

Toda essa espontâneadade é característa de nosso povo, está inserido no caldeirão cultural chamado Brasil. A mistura de raças é o traço mais marcante de nossa história, vem desde sua colonização até os dias de hoje.


Sérgio Buarque de Holanda no seu livro "Raizes do Brasil", fala da alegria do negro, mesmo apanhando e tendo uma jornada de trabalho extensa, cansativa e não remunerada, vivia cantado, jogando capoeira e feliz.

Toda forma de expressão vem da emoção, e segundo o autor citado, em nosso país existe a cultura do homem cordial, que é aquele movido pela emoção e não está relacionado com a gentileza ou a empatia.

Nossos politicos também são cordias pois não sabem a diferença entre o público e o privado e detestam formalidades, principalmente se for para realizar uma licitação para escolha da TV digital ou nomear parentes em seus gabinetes.


Bom domingo e ótima semana para todos, graças a Deus, sem Bush mas com cordialidade viva em pequenos detalhes da nossa vida cotidiana.

Eduardo Vinha

sexta-feira, março 09, 2007

O Brasil que Bush não vê


O principal palco de manifestações de São Paulo, a Avenida Paulista foi o cenário duas manifestações democráticas, a comemoração do dia internacional da mulher e a recepção de diversos movimentos populares ao presidente dos Estados Unidos, George W. Bush.

Cerca de 8 mil pessoas compareceram ao local com cartazes contra a presença do americano no país do PIB ridículo. Graças ao etanol temos que aguentar aquele baixinho descer de um avião chamado "Air Force One" com cara de alegre.

Parece roteiro de comédia sem graça.


Mas totalmente diferente do Brasil que o governo se propos a mostrar ao Bush, aqui tem iraquanos mutilados pela guerra suja em busca dos barris de petróleo, MST, personagens irreverentes (que merecem um post exclusivo brevemente), feministas, estudantes, punk e alguns desocupados que sempre aparecem para atrapalhar e sujar a imagem do movimento, uma forma de expressão legítima, pacífica mas democrática, ou seja, entra quem quer e faz o que dá na cabeça.

Non sense é praticar a violência contra o senhor da guerra, não temos força que se compare a toda a maldade e infantilidade do convidado de honra do governo Lula.

Jovens alienados movidos por ideologias sem fundamentos, geração sem referência nem rumo. Saldo da bagunça foi de um fotográfo e alguns policiais feridos, ambos trabalhando no evento.


Fica difícil para um partido ter credibilidade enquanto seu representante máximo estende o tapete vermelho para o Darth Vader pisar. Mais de 4 mil homens foram disponibilizados como babás remuneradas com seu dinheiro.

Realmente é necessário todo esse esquema de segurança para o inimigo número um do planeta Terra.

Junto com ele está seus acessores empenhados em manter a maquina imperialista funcionando a todo o vapor.


O rapaz sugere um país que precisa da ajuda internacional dos membros do G8, porém no Haíti não tem petróleo, ouro ou consumidores, apenas negros famintos e pobres.

Direitos humanos são fundamentais para a instituição democrática e infelizmente George Bush é republicano. Hugo Chavéz é muito populista e demagogo, seu país não anda bem das pernas no assunto democracia e liberdade de imprensa. Ambos gostam de utilizar-se da força para obter o que querem.

Jogam no mesmo time, o tal eixo do mal.

Amanhã o presidente Lula vai mostrar nosso combustível menos poluente e renovável com o objetivo de fazer um acordo comercial sem derrubar as barreias protecionistas impostas pelos americanos a todos seus "parceiros" comerciais.


Pois é senhor Bush esse é o Brasil que o senhor não quer conhecer, uma nação cansada de ser tratada como colônia e fornecedora de matéria-prima de qualidade, superior ao produto consumido internamente para oferecer ao seu país, por um preço de banana.

Nossa postura não comove nem nossos representantes políticos, mas melhor assim, o senhor vai embora para os EUA com um belo acordo comercial pacífico, sem a necessidade de usar a força.

Bom para o Bush, pior para o mundo.



Eduardo Vinha

quinta-feira, março 08, 2007

As mulheres da minha vida


Hoje é comemorado o dia internacional da mulher, esse ser fascinante e mágico, capaz de gerar uma vida, educar e compartilhar momentos difíceis.

A história começa no final da década de 70, quando veio ao mundo este blogueiro. Cuidados durante a gestação, a emoção do nascimento e a dura tarefa de criar um pessoa para conviver neste mundo cheio de ambição e pessoas famintas pelo poder sedutor do capital. Graças a você mulher que eu tenho meus valores, sei o diferenciar o certo do errado.

Valeu mãe, você é demais!!

Nossa espécie já está garantida, só resta saber se o mundo vai sobreviver a essa quantidade de gente.

Finalizando essa homenagem mencionando a minha esposa, mulher de fibra, que me entende, apoia e segura minha onda quando nada dá certo. A sensação de ter uma pessoa do seu lado a qualquer momento proporciona uma segurança e vontade de viver que não tem tamanho.

Faça chuva ou sol, ela está comigo, bebendo cerveja no bar, tomando vinho em casa, fazendo carinho no Fog e me ajudando a manter nosso cantinho limpo e arrumado.

Eu também faço a minha parte, dedicando toda a minha atenção para você Jana, minha amiga, esposa, amante, parceira e profissional competente.

Observo como ela tem chegado cansada ultimamente, e eu só posso oferecer meus braços para acolhe-lá junto com a certeza que sempre estarei aqui.

Mulheres da minha vida, muito obrigado.



Eduardo Vinha

quarta-feira, março 07, 2007

Boas Vindas ao senhor da guerra


Excelentíssimo Presidente dos Estados Unidos da América, seja bem vindo ao Brasil. Sabemos que o senhor é o responsável pela fracassada guerra do Iraque que já contabilizou mais de 100.00o civis mortos e outros "pseudo" americanos, os hispanicos, latinos e negros que são jogados na linha de frente com um GPS nas costas e uma câmara no capacete.
O comandante da tropa senta na frente do monitor e começa seu videogame bancado a custas de bilhões de dólares dos contribuites dos EUA.
Afinal essa sua guerra contra o "terror" tem um motivo nobre: A queda de Sadam Hussein e a luta pela liberdade do povo iraquiano.
Nós brasileiros somos uma nação em desenvolvimento mas sabemos receber bem nossos convidados. No seu caminho, não haverá trânsito porque a CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) bloqueará as vias onde sua caravana vai passar.
Sem problemas, nós paulistanos estamos acostumados com congestionamentos devido ao excesso de veículos, acidentes, assaltos e tiroteio.
Violência aqui não tem senhor Bush, pode ficar tranquilo, por precaução colocamos 10 atiradores de elite em pontos estratégicos, o quarteirão do seu hotel está bloqueado para qualquer cidadão brasileiro, somente o pessoal da Polícia Federal, FBI e CIA tem acesso a este prédio.
Tudo isso para oferecer o conforto que o dono do mundo merece, capaz de provar toda a sua humildade em visitar este pobre país. Para demostrar nossa gratidão vamos fechar um acordo comercial para produtos como o biodisel e etanol com um preço de banana para vocês continuarem no comando do mundo.
Porém espero que não seja igual a "crise das tortilhas" no México que só deu atenção ao mercado externo (EUA) e não abasteceu o mercado interno com seu produto, o milho.
Aqui, vai faltar cana para a cerveja, o vinho e a pinga. Isso sim é um motivo real e iminente para uma revolução popular no Brasil.
Finalizando sua estadia em nosso país Bush vai dar uma comida no Lula porque está dando muita bola para o Hugo Chávez e passar uma tarde em alguma favela do Brasil com menores carentes, um típico programa de turista gringo.
Aproveite senhor Walker e dá próxima vez que for viajar para a América Latina dê uma passadinha no "Brasil" de verdade, sem blindagem nem seguranças.

O corpo ainda é pouco

Desculpem a demora na atualização, mas somente hoje consegui ficar online dentro da minha casa, fala a verdade, estar aqui dentro, no meu bunker particular sem ligação com o mundo é ruim demais. Principalmente se o único canal de contato com o planeta Terra é a televisão.

Mas tudo bem, agora estou conectado com a rede e falando sobre o menino da foto acima que faz parte da exposição "Corpo, Real e Fascinante" ( http://www.exposicaocorpohumano.com.br/ ) na Oca, em São Paulo.

Prepare seu bolso com cerca de trinta reais e não esqueça de levar também muita paciência para aguentar uma hora de espera antes de apreciar a maquina humana e toda sua complexibilidade.

Previlégio apenas dos estudantes de medicina, essa experiência agora pode ser sentida por todos que passarem no parque do Ibirapuera, graças a iniciativa do Dr. Roy Glover.


Não é necessário ter sangue frio para assistir a exposição, os cadaveres são dissecados e passam por um processo de polimerização, o resultado final apresenta corpos com um aspecto emborrachado. Alguns orgãos podem ser tocados com as mãos e confesso que deu uma sensação estranha ao tocar no esôfago do corpo exposto.

Tirando o preço que achei muito caro, quem estiver em São Paulo não pode perder essa chance de conhecer melhor seu corpo de uma forma direta, real e com certeza muito fascinante.

Além do conhecimento você pode ajudar algum amigo, familiar ou vizinho vitíma de bala perdida.

Como??

Informando para os bombeiros durante o chamado de emergência:

- Então soldado, eu fui em uma exposição em São Paulo sobre o corpo humano e pelo que eu vi acho que ela sofreu uma perfuração que penetrou no intestino delgado e saiu no rim esquerdo.


Eduardo Vinha

quinta-feira, março 01, 2007

Pequenos delitos e o PIB medíocre

Passeando pela Avenida Paulista após ler uma reportagem a respeito do crescimento econômico do Brasil comecei a refletir sobre toda essa história sobre desenvolvimento sustentável e blá, blá, blás relacionados aos míseros 2,9% do nosso PIB (Produto Interno Bruto)

Segundo informações da agência de notícias Reuters, só não ficamos em último lugar na América Latina graças ao nosso vizinho Haití. Aquele país arrasado que está se reerguendo com a ajuda das tropas do Exército Verde e Amarelo.

Estou com sede e pretendo entrar no primeiro estabelecimento que encontrar, preciso de algo que refresque meu corpo, o Sol está quente demais. Paro e entro no standcenter www.standcenter.com.br, o Shopping do maior contrabandista do Brasil, o senhor Law Kin Chong, chinês e brasileiro naturalizado.

Além do shopping citado acima ele também é proprietário da Galeria Pagé na região da rua 25 de março, centro de São Paulo. Preso desde junho de 2004, Law está aguardando o julgamento no regime fechado na Penitenciária de Guarulhos, mas ele teve a chance de visitar seu pai na UTI do hospital Santa Isabel.

A lei de execuções penais garante esse benefício com direito escolta policial durante o todo o deslocamento, aqueles mesmos oficiais que deveriam estar na rua protegendo eu e você.

Law pode estar detido mas seus negócios andam muito bem, obrigado. Nesses locais o que impera são os pequenos delitos que todos nós cometemos. Comprando Notebooks, Câmeras digitais pela metade do preços (sem impostos), DVDs piratas por apenas R$ 10,00. Tem dinheiro, quer gastar, aqui é o Free Shopping sem stress nem avião.

Tudo ocorre as claras, a corrupção associada a nossa carga tributária é o paraiso para empreendedores como o senhor Law. Fica difícil imaginar como os produtos tem um preço tão atrativo com tanta proprina para pagar. Policia Civil, Federal e os trâmites para descarregar os containers lá em Santos.

Dados oficiais do ministério da Justiça informa que a pirataria consumiu cerca de 30% do PIB em 2006. Menos riqueza gerada pelo país, menos emprego e renda para a população e mais dólares na conta de Law e seus parceiros de negócios.

Nem com a ajuda das grandes empresas de software e gravadoras esses indicadores diminuem. Só um alerta, não gaste sua verba com campanhas para conscientizar o consumidor, pois estamos cientes do mal que a pirataria e o contrabando traz a nossa economia mas o foco deve ser a redução da carga tributária e a distribuição de renda.

Reduzir as margens de lucros também é um fator favorável a redução do consumo de produtos ilegais e falsificados.

O círculo vicioso está formado agora cada um pegue seu lugar na cadeia e façamos a nossa autodestruição.

Eduardo Vinha

segunda-feira, fevereiro 26, 2007

Deixem o menino jogar

Segunda-feira, Feliz Ano Novo, para quem mora abaixo da linha do equador o ano só começa após o carnaval. Ares de Brasília discutem a redução da maioridade penal. Mas antes de comentar esse assunto vou mostrar alguns dados de uma pesquisa realizada em 2002, com menores infratores pela Secretaria Especial dos Direitos Humanos (SEDH) .

Entre os entrevistados 90% não concluiram o ensino fundamental, são do sexo masculino e já usaram algum tipo de entorpecente. Cerca de 76% tinham idade entre 16 e 18 anos, 60% são negros e a renda de 86% das familias destes menores era abaixo de dois salários minímos.

Elementos como droga, baixo nivel educacional, preconceito e desigualdade social combinados formam jovens sem opções legais de obter aquele celular que tira foto ou o tênis do seu atleta favorito e mais outros produtos que todos nós gostariamos de possuir.

Como é de costume o governo não vai atacar o problema de frente, uma mudança na legislação só vai oficializar o que já acontece nos centros de reabilitação para menores. Lá as crianças não são educadas, socializadas ou desentoxicadas, pelo contrário, vamos jogar mais futuros na lata do lixo.

A erva daninha não vai morrer, vai ficar mais resistente ao remédio paliativo das instituições. Temos leis demais para punições de menos, a justiça não vê nem enxerga o clamor da sociedade porém abre os olhos para assinar aquele habeas corpus do colarinho branco.

Nosso país tem uma das cargas tributárias mais onerosas do mundo, cerca de 40% de todo o seu rendimento anual vai parar nos cofres públicos e deveria servir como recurso para oferecer uma educação de qualidade para nossas crianças.

Programas de controle de natalidade nas regiões mais carentes são mais úteis do que investir em presídios que mais parecem depósitos de gente. Politícos vão brigar para decidir quem será o autor da lei que mudará o maioridade penal, para depois mostrar seu feito durante o horário eleitoral gratuito.

Investir em educação não é viável, com toda nossa burocracia e corrupção o dinheiro nunca chegará aos seus beneficiários porque durante o caminho os roedores Federais, Estaduais e Municipais roem todos os recursos.

Existe a possibilidade dos Estados ter autonomia para escolher qual será a maioridade penal mas isso é indiferente. Com 16 anos você já pode votar, matar e roubar até os 18. Depois os jovens devem escolher qual empresa irá trabalhar, o PCC ou o CV.

Será necessário construir não escolas mas cadeias para abrigar todo o contigente de novos criminosos sem ensino médio completo. Para a sociedade sobra o medo que nos acompanha durante o trajeto até o trabalho ou dentro de casa quando toca o telefone e pode ser o golpe do seqüestro aplicado dentro dos presídios brasileiros.

O ano é novo mas os assuntos são os mesmos.

Eduardo Vinha

sexta-feira, fevereiro 23, 2007

Sobre aquele editoral da Superinteressante

Sexta-feira com um Sol quente capaz de fritar um ovo no asfalto, será que a temperatura ambiente influencia na comunicação dos neurônios. Preciso esfriar o radiador, encontro meus colegas publicitários. Cerveja para todos e um refrigerante para o Parra. Conversam sobre carros, a gostosa que chegou na mesa ao lado e os planos para o final de semana. Todos menos eu. Viro o copo e minha imaginação começa a trabalhar.

Antes da aula a professora decide ler o editorial deste mês da revista Superinteressante que cita o trabalho de uma estudante de comunicação social que fez um documentário sobre a rede de TV Al-Jazeera.

Este exemplo serviu para o editor da revista demonstrar como somos "bundões".

Ela enfrentou prenconceitos por uma mulher com culturas e posturas totalmente diferentes e estranhas aos olhos do mundo árabe. Passou por todos esses obstáculos para fazer o seu trabalho.

O objetivo desse editorial é criticar a postura dos atuais e futuros jornalistas.

No bar começo a lembrar o texto, o momento exato que virei meu pescoço na direção as palavras, na mesma rapidez que meu amigo ao lado olha para o carro importado e mais rápido do que a gostosa vira para ver quem pilota aquela maquina vermelha, reluzente e caríssima.

Isso é instinto, olhamos para o que nos interessa e nos alimenta.

Voltando ao editorial, na sala de aula, meus ouvidos viram antenas receptoras, movimentando a cabeça para sintonizar melhor aquela voz. Transformando sons em pensamentos, e chegando a uma única conclusão. Tenho o mesmo pensamento que o autor do texto, vejo falta de interesse, e principalmente poucos traços de paixão pela profissão nos profissionais dessa geração.

Não apenas meus colegas jornalistas, mas também nos médicos, engenheiros, advogados e muitos outros. Gostar de um ofício não é algo que se aprende nos bancos das universidades, pois isso vem junto com o aluno, de dentro.

Não podemos mais ser "bundões" deveria ser o novo slogan da Rede Globo e do Governo Federal. Retorno minhas atenções para a mesa, escuto a tapinha cair na madeira e a espuma subir.
Mas minha mente insiste em continuar pensando nos "bundões".
Como o cara que plagiou um blogueiro da comunidade do Orkut "Eu tenho um blog".
Realmente blogueiro sem idéia própria é o fim do mundo. Pessoal se você gostou do artigo, notícia, post, foto, crônica ou uma simples tira de quadrinhos, publiquem e divulgue a fonte.
Tenho certeza que o autor vai ficar lisongeado com a possibilidade de outro autor divulgar seu trabalho.
Para quem quiser comparar clique nos links:
Pelo jeito os "bundões" estão por toda a parte e não apenas no Gugu, BBB e Domingão do Faustão.
A bunda deve aumentar de tamanho de acordo com as horas gastas diante da televisão, sendo assim, levante e viva esse final de semana, tente parar de ser um "bundão" você também.
Profissionais mais preocupados com o resultado final de um trabalho, que com o retorno financeiro que este vai proporcionar, está cada vez mais extinto no Brasil.
Eduardo Vinha

quinta-feira, fevereiro 22, 2007

Acessem, critiquem e bebam Coca-Cola Light


Hoje recebi um email do concurso Coke Ring, informando que eu deveria colocar um banner aqui do lado direito e implorar aos meus amigos acessos a este blog.
Como o Fog é o titular e tem uma cara mais bonita que a minha, coloquei essa foto!
Eduardo Vinha