
Segundo informações da agência de notícias Reuters, só não ficamos em último lugar na América Latina graças ao nosso vizinho Haití. Aquele país arrasado que está se reerguendo com a ajuda das tropas do Exército Verde e Amarelo.
Estou com sede e pretendo entrar no primeiro estabelecimento que encontrar, preciso de algo que refresque meu corpo, o Sol está quente demais. Paro e entro no standcenter www.standcenter.com.br, o Shopping do maior contrabandista do Brasil, o senhor Law Kin Chong, chinês e brasileiro naturalizado.
Além do shopping citado acima ele também é proprietário da Galeria Pagé na região da rua 25 de março, centro de São Paulo. Preso desde junho de 2004, Law está aguardando o julgamento no regime fechado na Penitenciária de Guarulhos, mas ele teve a chance de visitar seu pai na UTI do hospital Santa Isabel.
A lei de execuções penais garante esse benefício com direito escolta policial durante o todo o deslocamento, aqueles mesmos oficiais que deveriam estar na rua protegendo eu e você.
Law pode estar detido mas seus negócios andam muito bem, obrigado. Nesses locais o que impera são os pequenos delitos que todos nós cometemos. Comprando Notebooks, Câmeras digitais pela metade do preços (sem impostos), DVDs piratas por apenas R$ 10,00. Tem dinheiro, quer gastar, aqui é o Free Shopping sem stress nem avião.
Tudo ocorre as claras, a corrupção associada a nossa carga tributária é o paraiso para empreendedores como o senhor Law. Fica difícil imaginar como os produtos tem um preço tão atrativo com tanta proprina para pagar. Policia Civil, Federal e os trâmites para descarregar os containers lá em Santos.
Dados oficiais do ministério da Justiça informa que a pirataria consumiu cerca de 30% do PIB em 2006. Menos riqueza gerada pelo país, menos emprego e renda para a população e mais dólares na conta de Law e seus parceiros de negócios.
Nem com a ajuda das grandes empresas de software e gravadoras esses indicadores diminuem. Só um alerta, não gaste sua verba com campanhas para conscientizar o consumidor, pois estamos cientes do mal que a pirataria e o contrabando traz a nossa economia mas o foco deve ser a redução da carga tributária e a distribuição de renda.
Reduzir as margens de lucros também é um fator favorável a redução do consumo de produtos ilegais e falsificados.
O círculo vicioso está formado agora cada um pegue seu lugar na cadeia e façamos a nossa autodestruição.
Eduardo Vinha