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São Paulo, SP, Brazil
Jornalista em busca dos chips de consciência coletiva para o mundo capitalista moderno. Essa matéria vai dar o que falar. Gosto de escrever de noite com a Lua do meu lado, assim me sinto perto de casa. Antí-massmedia interessados na massificação da bunda, violência e porcarias. Estou a espera do novo, útil, funcional e educacional. Enquanto esse dia não vem, sigo com este blog na tentativa singular de mudar este mundo caótico e cada vez mais quente. Minha pauta favorita é a vida, acordar e ter a possibilidade de fazer cada dia, um dia diferente, tenho 24 horas para ser feliz neste planeta cansado e doente.
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quinta-feira, março 01, 2007

Pequenos delitos e o PIB medíocre

Passeando pela Avenida Paulista após ler uma reportagem a respeito do crescimento econômico do Brasil comecei a refletir sobre toda essa história sobre desenvolvimento sustentável e blá, blá, blás relacionados aos míseros 2,9% do nosso PIB (Produto Interno Bruto)

Segundo informações da agência de notícias Reuters, só não ficamos em último lugar na América Latina graças ao nosso vizinho Haití. Aquele país arrasado que está se reerguendo com a ajuda das tropas do Exército Verde e Amarelo.

Estou com sede e pretendo entrar no primeiro estabelecimento que encontrar, preciso de algo que refresque meu corpo, o Sol está quente demais. Paro e entro no standcenter www.standcenter.com.br, o Shopping do maior contrabandista do Brasil, o senhor Law Kin Chong, chinês e brasileiro naturalizado.

Além do shopping citado acima ele também é proprietário da Galeria Pagé na região da rua 25 de março, centro de São Paulo. Preso desde junho de 2004, Law está aguardando o julgamento no regime fechado na Penitenciária de Guarulhos, mas ele teve a chance de visitar seu pai na UTI do hospital Santa Isabel.

A lei de execuções penais garante esse benefício com direito escolta policial durante o todo o deslocamento, aqueles mesmos oficiais que deveriam estar na rua protegendo eu e você.

Law pode estar detido mas seus negócios andam muito bem, obrigado. Nesses locais o que impera são os pequenos delitos que todos nós cometemos. Comprando Notebooks, Câmeras digitais pela metade do preços (sem impostos), DVDs piratas por apenas R$ 10,00. Tem dinheiro, quer gastar, aqui é o Free Shopping sem stress nem avião.

Tudo ocorre as claras, a corrupção associada a nossa carga tributária é o paraiso para empreendedores como o senhor Law. Fica difícil imaginar como os produtos tem um preço tão atrativo com tanta proprina para pagar. Policia Civil, Federal e os trâmites para descarregar os containers lá em Santos.

Dados oficiais do ministério da Justiça informa que a pirataria consumiu cerca de 30% do PIB em 2006. Menos riqueza gerada pelo país, menos emprego e renda para a população e mais dólares na conta de Law e seus parceiros de negócios.

Nem com a ajuda das grandes empresas de software e gravadoras esses indicadores diminuem. Só um alerta, não gaste sua verba com campanhas para conscientizar o consumidor, pois estamos cientes do mal que a pirataria e o contrabando traz a nossa economia mas o foco deve ser a redução da carga tributária e a distribuição de renda.

Reduzir as margens de lucros também é um fator favorável a redução do consumo de produtos ilegais e falsificados.

O círculo vicioso está formado agora cada um pegue seu lugar na cadeia e façamos a nossa autodestruição.

Eduardo Vinha