Antes da aula a professora decide ler o editorial deste mês da revista Superinteressante que cita o trabalho de uma estudante de comunicação social que fez um documentário sobre a rede de TV Al-Jazeera.
Este exemplo serviu para o editor da revista demonstrar como somos "bundões".
Ela enfrentou prenconceitos por uma mulher com culturas e posturas totalmente diferentes e estranhas aos olhos do mundo árabe. Passou por todos esses obstáculos para fazer o seu trabalho.
O objetivo desse editorial é criticar a postura dos atuais e futuros jornalistas.
No bar começo a lembrar o texto, o momento exato que virei meu pescoço na direção as palavras, na mesma rapidez que meu amigo ao lado olha para o carro importado e mais rápido do que a gostosa vira para ver quem pilota aquela maquina vermelha, reluzente e caríssima.
Isso é instinto, olhamos para o que nos interessa e nos alimenta.
Voltando ao editorial, na sala de aula, meus ouvidos viram antenas receptoras, movimentando a cabeça para sintonizar melhor aquela voz. Transformando sons em pensamentos, e chegando a uma única conclusão. Tenho o mesmo pensamento que o autor do texto, vejo falta de interesse, e principalmente poucos traços de paixão pela profissão nos profissionais dessa geração.
Não apenas meus colegas jornalistas, mas também nos médicos, engenheiros, advogados e muitos outros. Gostar de um ofício não é algo que se aprende nos bancos das universidades, pois isso vem junto com o aluno, de dentro.
Não podemos mais ser "bundões" deveria ser o novo slogan da Rede Globo e do Governo Federal. Retorno minhas atenções para a mesa, escuto a tapinha cair na madeira e a espuma subir.
Mas minha mente insiste em continuar pensando nos "bundões".
Como o cara que plagiou um blogueiro da comunidade do Orkut "Eu tenho um blog".
Realmente blogueiro sem idéia própria é o fim do mundo. Pessoal se você gostou do artigo, notícia, post, foto, crônica ou uma simples tira de quadrinhos, publiquem e divulgue a fonte.
Tenho certeza que o autor vai ficar lisongeado com a possibilidade de outro autor divulgar seu trabalho.
Para quem quiser comparar clique nos links:
Pelo jeito os "bundões" estão por toda a parte e não apenas no Gugu, BBB e Domingão do Faustão.
A bunda deve aumentar de tamanho de acordo com as horas gastas diante da televisão, sendo assim, levante e viva esse final de semana, tente parar de ser um "bundão" você também.
Profissionais mais preocupados com o resultado final de um trabalho, que com o retorno financeiro que este vai proporcionar, está cada vez mais extinto no Brasil.
Eduardo Vinha
4 comentários:
Normal
O mundo está cheio de bundões que seguem a famosa frase
"Na vida nada se cria, tudo se copia"
Só que copiam e nao dao os meritos aos autores ¬¬
Parabéns pelo blog!
Ah... eu assino a Super... li essa reportagem... pra mim foi a melhor da edição. E a carta do Denis Russo também me chamou a atenção... Isso aí.. abaixo aos bundões! hhehe
Flw cara...
Muito bom esse post. Mesmo. É isso tbm q tenho visto no mundo. Ninguém mais tem paixão pelo q faz, ou mesmo pelo q estuda. Acho q na vida, a gente tem q fzer as coisas com paixão e garra, mais do q paixão, amor mesmo, deixando um pouco a mediocridade de lado. Se não for assim, de q vai valer? De nada...
Muito obrigada pela passada lá no Reticências... Por uma atitude. (atualizações às segundas, quartas e sextas)
Grande beijo.
Como assim gostosa da mesa ao lado?
Vc vai dormir no cafofo hoje...
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