Governo de São Paulo gasta 2 milhões com alteração de nomes de três estações do metrô

O Metrô vai gastar R$ 2,250 milhões em 2006 com a simples alteração de nome de três estações em São Paulo, determinadas por decreto do governador Cláudio Lembo (PFL).

O valor corresponde às despesas com a elaboração de novas peças de comunicação visual e sonora, sinalização de plataforma, mapas da cidade e campanhas de divulgação, entre outros.

Cada estação tem cerca de 15 mil peças a alterar.Para efeito de comparação, o total da mudança de nome nas três estações seria suficiente para construir duas escolas municipais, a R$ 1 milhão cada.

As modificações ocorreram nas estações Barra Funda, Tietê e Bresser.

Elas passaram a se chamar, respectivamente, Barra Funda-Palmeiras, Portuguesa-Tietê e Bresser-Mooca. Os decretos que determinam a nova denominação foram publicados em abril, maio e julho no "Diário Oficial" do Estado.

Fonte: Folha online

Nota do Blog:

Pois é, o que adianta mudar os nomes das estações e trocar as placas de sinalização, se falta escola para a população da periferia que utiliza o metrô.

Aproveitando a oportunidade, as novas placas deveriam ser todas coloridas, sem texto.

Os pobres, esquecidos, não sabem ler, não tem acesso a internet mas assiste TV, só vê, porque dinheiro para comprar os produtos anunciados nos intervalos das novelas ou aqueles malditos produtos de quinta categoria nos programas destinos as donas de casa.

Aquela mulher cansada, sem carteira assinada, que faz faxina na casa da elite em troca de moedas. Ganha meio salario minimo para sustentar seis filhos não dinheiro comprar quase nada alem de comida, quando dá para comprar..

Mas para o governo do estado é mais importante mudar o nome da estação metrô do que fazer escola na periferia.

Pelas estações do metrô circulam, em média, mais de 2 milhões de passageiros por mês.

Isso mesmo, eu e você que vai ao trabalho ou a faculdade e verá o pessoal trabalhando, trocando as placas e distribuindo folhetos explicativos (para quem saber ler) sobre as mudanças.

É o governo trabalhando, inconscientemente temos a sensação que o governo está agindo, mas na verdade não está, pelo contrário o governo faz uma maquiagem, engana.

Enquanto tudo isso acontece o pessoal da zona sul, em Parelheiros não tem nem metrô, nem escola, nem são vistos como cidadãos, exceto no próximo dia 1 de outubro.

Eduardo Vinha